terça-feira, 20 de abril de 2010

Abraçar o mundo






Às vezes,


sinto-me


como querendo


abraçar o mundo


outras vezes,


sinto-me


com as mãos algemadas...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Universo ao nosso redor


Era sexta-feira, o sol quase do meio dia e o calor estavam quase a tostar o cérebro. Saí, desci a ladeira bem depressa, passei por várias ruas e avenidas até, enfim, chegar ao ponto de ônibus e embarcar num coletivo lotado. Cheguei ao Terminal e novamente à espera de um outro coletivo. Rapidamente busquei um lugar à fila que logo em seguida foi ficando imensa.
Havia saído do serviço meia hora mais cedo e estava simplesmente radiante com a ideia de almoçar em casa, passar os olhos na molecada que deixei dormindo quando saí pela manhã...pensei: “quem sabe, com sorte ainda sobra tempo para dar uma molhadinha no esqueleto antes da segunda jornada do dia”?
O silêncio dos meus pensamentos foi interrompido por uma cena que acontecia ali próximo: Uma menina que beirava os seus 14 ou 15 anos chegou próximo a um jovem senhor que se encontrava à minha frente na fila e logo após os cumprimentos e uma breve conversa tratou de entrar à sua frente na fila.
Seria um fato corriqueiro e banal não fosse a intervenção realizada pelo moço que, indignado pela atitude da menina dissera-lhe que deveria entrar ao final da fila como todo mundo...a menina ainda tentou argumentar dizendo que ficaria de pé, não ocupando assim qualquer assento. Ele com firmeza reprovou a ideia e propôs então que ela permanecesse em seu lugar e ele sim iria para trás. Totalmente constrangida ela em vão soltou um “mas pai?”, (abre parêntesis...dali em diante nós, os outros enfileirados que acompanhávamos o episódio de camarote, entendemos tratar-se de pai e filha, o que deixava a cena ainda mais curiosa...fecha parêntesis...). Percebendo que a situação era inegociável, lá se foi a menina para o final da fila, tendo sido acompanhada por seu pai.
Após o caso passado um casal que estava atrás de mim parecia não acreditar no que viram, demonstrando-se inconformados iniciaram um burburinho e dentre as muitas coisas que falaram houve uma frase de um rapaz que muito intrigou: “Isso não é educação, isso já é ignorância...até parece que eu não iria deixar um filho meu entrar na minha frente”...
Puxa, eu fiquei pensando nisso ainda por algum tempo... Hoje os valores estão mesmo tão virados de ponta a cabeça a ponto de uma atitude que deveria fazer parte de nossa rotina acaba sendo considerada algo tão excepcional e ridicularizada por alguns.
Eu particularmente ainda não tinha presenciado nada semelhante e confesso que fiquei surpresa e maravilhada com o episódio. Embora a menina tenha ficado um pouco constrangida o que vale é a lição que seu pai lhe dera acerca de valores éticos. Sim, porque seja furar filas, jogar lixo no chão, usar assentos reservados para idosos deixando-os de pé e/ou uma série de outros ‘pequenos’ deslizes não são apenas falta de educação, trata-se de falta de ética, pois foge aos limites do individual e afeta o coletivo.
O bem comum é o princípio da ética social e se queremos um universo ao nosso redor mais justo, mais harmonioso cabe a nós fazermos a nossa parte.
Citando Mahatma Gandhi “SEJA A DIFERENÇA QUE VOCÊ DESEJA VER NO MUNDO”.
Que assim seja
!


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créditos da imagem: img.olhares.com/data/big/91/917732.jpg
Rosiane Nunes

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ameaça de descredenciamento de pediatras em Vitória


Há tempos que a população da Grande Vitória – região metropolitana do Espírito Santo- vem sofrendo com atendimentos precários e superlotação nos prontos socorros infantis e hospitais públicos, gerados pelos mais diversos motivos.
Agora, o fantasma da superlotação, dos atendimentos relâmpagos e precários também começa a chegar aos consultórios particulares e conveniados, sobretudo por conta de uma crise entre os profissionais da pediatria e as empresas de planos de saúde. E essa crise não é de agora, ele persiste já há algum tempo, inclusive sendo discutida em âmbito nacional. Cada região com sua especificidade, mas a reivindicação é basicamente o reajuste no valor das consultas, que os profissionais alegam estar defasado. A categoria alerta ainda para a desvalorização da pediatria, pois conforme alguns relatos os médicos já tem evitado fazer essa especialização e, como consequência da desvalorização, manter um consultório pediátrico tem se tornado cada vez mais difícil e muitos consultórios acabam fechando suas portas.
Na Grande Vitória, os pediatras ameaçam parar de atender pelos planos a partir de março, caso as operadoras não atendam as suas reivindicações.
Se por um lado o intento da categoria é justo e legítimo, por outro, já se pode imaginar quem é que vai literalmente pagar as contas... E mais uma vez a população “terá que pagar para ver”. Seja a população que utiliza o Sistema Único de Saúde, que querendo o não sofrerá os efeitos do descredenciamento tendo os problemas agravados; Seja os usuários dos planos de saúde que terão que pagar pelas consultas. E neste caso é bom que os usuários fiquem atentos, pois pelo código do consumidor pagar duas vezes pelo mesmo serviço é um pagamento indevido, devendo o usuário buscar ressarcimento por parte das operadoras. A propósito, não vi o PROCON estadual se pronunciar a esse respeito, é bom ficarmos de olho!!!

Rosiane